quinta-feira, 4 de março de 2010

The Umbrella Academy - Apocalypse Suite

No último final de semana, em uma banca de BH, me deparei com esta edição especial de um quadrinho que há muito ouço falar, mas nunca me lembrava de procurar. Olhei, pensei bem, já que a Devir gosta de salgar seus preços (R$ 34,00), e acabei comprando.

Terminei de ler ontem, sendo que demorei mais do que o normal por receio de acabar.

É fantástico! Já conhecia Gabriel Bá (desenhista) de fanzines e do 10paezinhos.com.br (blog que o desenhista tem com seu irmão gêmeo Fábio Moon) e este foi o grande motivo de eu ter realmente comprado o quadrinho. Outro motivo foram os vários prêmios conquistados pela história e, por último e sim, menos importante naquele momento, a curiosidade em relação ao parceiro de Bá neste projeto, Gerard Way.

Para quem não sabe, como eu não sabia, ele é o vocalista e, aparentemente o "dono" da banda My Chemical Romance. Nunca ouvi uma música sequer deles e confesso que faço a linha "não ouvi e não gostei". Mas gosto de ver pessoas de outras áreas (como música, livros de sci-fi) que nunca escreveram quadrinhos começarem a fazer isso, já que as surpresas costumam ser boas.

A edição traz o primeiro arco do título mensal The Umbrella Academy, intitulado Suíte do Apocalipse (que não é um quarto com banheiro do vilão dos X-Men), além de duas histórias curtas e esboços, comentários, etc.

The Umbrella Academy conta a história de sete crianças extraordinárias, de um grupo de querenta e três, que nasceram ao mesmo tempo, em todo o mundo, de mães "não-grávidas". Essas crianças, as únicas sobreviventes, foram reunidas pelo cientista Sir Reginald Hargreeves, vulgo "O Monóculo", e levadas para o que ele chamou de Umbrela Academy. A história começa com eles aos dez anos, mas é desenvolvida na maior parte vinte anos depois. Sim, é uma história de super-heróis mas não, não se parece com outras do gênero.

Vale cada centavo. Começando pela arte de Bá, que lembra muito o trabalho de Mike Mignola (Hellboy), sem parecer em qualquer momento uma cópia. É um traço distinto, próprio, mas que não deixa de mostrar influências, o que é ótimo. O roteiro e a história são incríveis, envolvendo elementos noir, ficção científica, referências aos quadrinhos clássicos e atuais e boas doses de violência (muitas vezes inesperada). Os personagens são o grande destaque: seus poderes são inovadores e (adoro isso) sem muita explicação.

Recomendo a quem tiver acesso e a quem não tiver que busque ter. É muito boa tanto para que adora HQs quanto para quem não tem costume ou "torce o nariz" para a arte sequencial.

Boa leitura.

4 comentários:

  1. Terminei de ler e amei!
    Realmente a arte de Gabriel Ba é muito boa. Além há destaque para as capas dos capítulos, sensacionais.
    A história é realmente diferente das outras de super-heróis. Não é feliz, e os poderes, algumas vezes, imperceptíveis numa primeira observação.
    Muito bom!

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